sábado, 4 de junho de 2011



Ele levantou sua cabeça e olhou para o céu
Uma nuvem negra era soprada pelo vento
‘Que hora é esta em que me encontro?’
Pensou consigo mesmo

O ano já não importava mais
Não havia mais presságios ou agonia
A sua volta coisas estranhas, outr’ora conhecidas.
Mas não fez questão de tentar recordar

Alguma faísca de memória cruzou sua mente
Como se saída de um raio em seus olhos
Pensou em sair dali, mas não obedeceu-se
Não tinha motivos para deixar aquele lugar

Um vento soprou em seus ouvidos
Como se cantasse uma doce melodia
Que pairava no vazio de suas lembranças
Como uma pluma a vagar pelo ar

Finalmente ergueu-se, sem absoluta pressa
Fitou o horizonte mais uma vez
Desta, porém, com alguma esperança no rosto
Olhou firme ao longe e traçou seu destino

Sorriu, como se entendido algum estranho sinal
‘Eis-me aqui! Não te apresses!’
E ainda que tivesse uma vida inteira para esperar
Os sonhos jamais se apagariam
                                  (by Tiarles Daros)

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