sábado, 4 de junho de 2011

Desabafo de Final de Ano

    Ainda hoje, deitado em minha cama e perdido em pensamentos, me peguei fazendo uma breve restrospectiva do que aconteceu com a minha pessoa no ano que se sucedeu. E, devo dizer, não foram poucos os momentos no mínimo inusitados pelos quais passei. Rolou de tudo: desemprego, emprego novo, termino de um longo namoro, seguido por momentos de tristeza, nova paixão - que não deu certo - e mais momentos delicados, brigas e por aí afora. Comecei a pensar nas inúmeras pessoas novas que conheci ao longo deste ano, já que entrei numa fase, digamos, bem social da minha vida - minha própria casa ultimamente não passa de um lugar para breves repousos - Fiquei feliz por ter conhecido muitas pessoas bacanas, com as quais firmei uma verdadeira e sincera amizade. Em contrapartida, todo ‘lado A’ tem seu ‘lado B’ - vide os dois lados de uma moeda, fitas k7, O Rappa - e também conheci pessoas falsas, medíocres, pessoas que enganam e pessoas que simplesmente não se importam com você. Devo dizer que o mínimo encanto que eu ainda guardava pelo mundo acabou se quebrando, fazendo com que este as vezes pareça uma enorme casa vazia e gélida (tudo bem, existe um certo exagero aí, não posso discordar), por vezes sem sentido.
    Não obstante, me permito e acho que realmente devo citar exemplos. Em uma das minhas aventuras mal-aventuradas (com livre e espontânea redundância) conheci uma pessoa do sexo oposto e esta se mostrou, num primeiro momento, muito simpática, madura de ideais e, me arrisco a dizer, bastante séria. Pelo menos foi no que acreditei, e me chamem de ingênuo se assim me julgarem. Por causa desta pessoa, acabei brigando com alguns amigos que eu tenho em alta estima e que, sei, também me consideram ao mesmo, senão maior nível. Estes amigos tentaram (em vão) me avisar que nem tudo era como parecia. Eu não dei ouvidos, pois “eu sabia o que estava fazendo e não queria que ninguém se metesse na minha vida”. Resultado: descobri da pior maneira que eles tinham razão e acabei me metendo numa das situações mais delicadas da minha vida, por ter sido feito de ‘palhaço’ (sem ofensa a classe) e, por minha vez, ter perdido a razão por esta causa. Não cabe entrar em detalhes a respeito desta história, mesmo porque, não estou aqui pra falar disso. Mas o exemplo é cabível ao ponto de mostrar quanta gente fria existe por aí, com atitudes mesquinhas e o quanto nos enganamos com elas e cometemos erros realmente graves por vezes.
    O que quero dizer é que estou realmente cansado. Cansado de pessoas egoístas, cansado de pessoas hipócritas, cansado de pessoas que enganam e fazem disso uma arte, cansado de mentiras e futilidades, cansado de pessoas que não se importam com o sentimento dos outros e de pessoas que não valorizam e não reconhecem quem tem real valor e caráter. As vezes me vejo vivendo em uma completa hipocrisia, onde as pessoas se abraçam e festejam juntas o “tão precioso” natal, riem e se desejam votos de felicidade no ano novo, mas que, no resto do ano, sequer se atentam em pegar o telefone e dar uma ligada para saber como tem passado o seu próximo. Vi pessoas nos festejos de fim de ano que, tenho certeza, só voltarei a ver no final do próximo ciclo solar (longos 365 dias). Porque não nos importamos menos com coisas materiais e damos mais valor pros verdadeiros sentimentos? Afinal, no fundo, não é isso que realmente importa?
    O que me serve de consolo, é saber que se todos os maiores problemas do mundo fossem iguais aos meus, nem tudo estaria realmente tão ruim assim.   
    No final das contas, quero poder encostar minha cabeça no travesseiro e saber que lá fora existe alguém que realmente se importa comigo. No ano que se aproxima, espero fazer muito mais amizades verdadeiras e cruzar cada vez menos com pessoas de má fé.
    E um bom ano pra todos nós!
                                                            (By Tiarles Daros)

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